Liberdade, uma das maiores expectativas dos filhos, deverá
ser obtida na proporção em que se mostrarem responsáveis.
O adolescente critica,discute,tem opiniões próprias e
quer ser respeitado em seu ponto de vista. Deseja que as pessoas notem que já
não é mais criança e por isso quer receber um tratamento digno de alguém que
amadureceu,certo? Infelizmente, nem sempre é assim! Muitos o verão facilmente
que ele cresceu.
Os pais, porem, terão maior dificuldade em reconhecer
esse fato. Por algum tempo ainda, ele continuará sendo o “filhinho da mamãe”!
Há dias em que o lar vira um campo de batalha, Muitas vezes, o filho se torna
um estranho para os pais. Ninguém mais se entende! “Meus pais não me
compreendem! Não percebem que não sou mais criança?!” Surge um impacto na família.
A reação, por parte dos adultos, é não querer “mais um”, dando palpites dentro
de casa. Os filhos por sua vez, querem ter oportunidades de também expor suas
idéias nas questões familiares. A conseqüência deste impacto é a quebra no relacionamento,
ocasionando certo distanciamento.
Acompanhar os pais em viagens, festas e passeios, começa
a parecer aos filhos, extremamente sem graça. A família passa para um segundo plano,
ela já não satisfaz mais seus anseios, não há ali mais novidades. Ocorre o
espírito de independência dos pais e dos valores por eles estabelecidos. Quando
eles eram crianças, os pais programavam ir ao Zoológico e era aquela festa!
Eles diziam: “Mãe, quantas noites devo dormir para poder ir ao nosso passeio?”
Hoje se os pais inventam qualquer passeio juntos, reclamam: ”Mas que programa
de índio!” Ao mesmo tempo em que anseiam ser adultos e donos de si, revelam uma
falta de segurança afetiva, e pedem com aquele ar indefeso: ”Mãe faz meu lanche!”
Liberdade
Gradativa
É preciso redefinir os limites. À medida que os filhos
forem crescendo devem ir obtendo mais liberdade. É importante afirmar que esta
liberdade deve vir acompanhada de responsabilidades. Ha um detalhe super importante:
Liberdade e responsabilidade devem caminhar juntas. Você tem obedecido a seus
pais? Onde há obediência, também há confiança. Os pais precisam confiar nos
filhos. Essa confiança é estabelecida ao observarem que seus filhos estão sendo
responsáveis.
Filho faça a sua parte obedecendo, e será recompensado.
Se o combinado é voltar para casa às 23 h, não adianta chegar as 23 h e 30 m, sem
ter ótimas e verdadeiras explicações. Os pais devem valorizar as virtudes dos filhos,
entender suas atitudes e deliberar liberdades conforme as atitudes corretas de obediência.
Está escrito: Pais não provoquem a ira a vossos filhos, para que não percam o ânimo. (Co 3.21) Conquistar a liberdade e a
confiança dos pais é um processo gradativo; e para que a felicidade e a paz
reinem no seio da família, é importante que se cultivem um bom relacionamento,
buscando sabedoria para viver no temor de Deus. Filhos obedeçam a seus pais,
pois é justo. Honra teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com
promessa, para que te vá bem e tenha longos dias sobre a terra. (Ef 6.2,3)
(Sergio e Magali Leoto – Revista Lar Cristão)