terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Quem foi Habacuque?


Amados leitores, estamos de volta! E no post de hoje, algumas curiosidade sobre um dos meus profetas favoritos: Habacuque.


A Bíblia em si, não fala muito da sua vida pessoal, como os demais profetas que citavam ao menos, o nome de seu pai. Habacuque não nos dá essa informação, os poucos dados que temos é o seu nome singular, que significa "abraço ardente", dando margem à diversas hipóteses  sobre sua origem, uma das mais interessantes, é que ele seja filho da Sunamita (a hipótese parte da expressão de II Reis 4:16 "abraçarás um filho." ) o qual o profeta Eliseu orou e ele ressuscitou. O episódio está descrito em II Reis 4:8-37. Outra característica do profeta é o seu salmo no último capítulo, mostrando que ele provavelmente fosse um levita.

O seu livro está inserido no rol dos profetas menores, possui algumas características próprias, ele começa seu livro se auto intitulando "profeta", isso não ocorre em nenhum outro livro profético, geralmente os profetas eram homens escolhidos por Deus do meio do povo, assim como Amós, que era "boieiro e cultivador de sicômoros" ou Sofonias que era de linhagem real. Habacuque começa o seu livro com um desabafo com Deus, clamando por justiça em sua terra natal, e quando Deus resolve lhe responder como tratará com a nação de Judá, o profeta acaba ficando confuso, não entendendo o agir de Deus, da mesma que nós ainda não aprendemos a entender a forma de Deus agir em nossas vidas. Entretanto, ele faz algo que deveríamos fazer sempre: aguardar a resposta de Deus antes de agir.

A palavra do Senhor diz "Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que eu responderei quando eu for argüido. Habacuque 2:1" O interessante é que o texto não diz quanto tempo ele ficou sobre a fortaleza, aguardando a resposta de Deus, mas quando esta veio, não somente o fez compreender os desígnios de Deus para corrigir ambos os povos: Judá, pela sua impenitência, e a Babilônia pela sua crueldade. Mas em meio a esse juízo divino, o profeta acaba fortalecendo sua fé em Deus, compreendendo que mesmo em meio a aparente ruína de Judá, isso funcionaria como uma poda de uma árvore nas mãos do hortelão, vão-se os galhos ruins, para que os bons ramos possam brotar e florescer, e por mais cruel que fossem os caldeus, ele sabia que pela sua fé em Deus ele sobreviveria ( Hc. 2:4).

Outra característica marcante do livro de Habacuque é seu canto, no capítulo 3, escrito da mesma forma que os salmos, demonstrando que, ele era alguém que estava habituado a cantá-los, ou mesmo fazê-los, como faziam os levitas. O Seu salmo remonta em proporções quase cinematográfica os feitos de Deus, desde as pragas, a travessia do mar e do Jordão, o dia longo de Josué, em prol de seu povo, reafirmando a sua fé no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. E a partir do vs. 17, está escrito uma das mais belas declarações de fé de toda a Bíblia Sagrada:

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;
Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.
O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Para o cantor-mor sobre os meus instrumentos de corda). 
Habacuque 3:17-19"

Quanta fé é demonstrada nesses versos, expressando que mesmo que tudo lhe falte, ele continuaria a confiar em Deus e na Sua salvação! Será que nós podemos afirmar a nossa fé da mesmo forma que o profeta proclamou a dele?

Que Deus os abençoe!
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